segunda-feira, 14 de maio de 2007

O papa era pop

Tudo que é cultura religiosa que eu conheço nesse mundo faz referência a fauna, não só isso, tem-na como parte essencial e por vezes hão em documentos religiosos passagens em que animais interagem com homens. Outras vezes aparecem antropomorfizados.

Na religião católica a cobra é mostrada como uma das centenas de caras do diabo, talvez a primeira delas, quando incitou Eva a comer o fruto proibido e a oferecer ao seu marido. O fruto da árvore do centro do jardim do eden, aquela qual lhes fora ordenado que não comessem. O título do blog faz referência a essa parte. Quando ambos morderam a maçã se viram nús e tomaram de folhas para cobrir-se, esconderam-se envergonhados quando ouviram a voz do Senhor, que passeava pelo jardim. Em outras palavras tomaram consciencia da sua individualidade. Desde então o homem deixou de apenas viver e passou a ter o poder da escolha. O resultado foi catastrófico, já nas próximas gerações, nos conta gênesis. Caim matando Abel e depois de forma tão sistemática que levou a chover 40 dias e 40 noites e que fossem varridos da face da terra todos os corruptores.

Nada disso é história, é claro. É 'mitologia' antes de tudo. Exemplos somente... A cobra rasteja, penetra em orificios, emerge da terra sem aviso, é inevitavel a associação com as trevas.

Mas isso não vem tanto ao caso, eu quero falar é do papa. - I like the pope, the pope smokes dope. -

Nessa primeira visita ao Brasil e também a America Latina ele negou, leitores, a imposição do catolicismo aos nativos da America. Que em momento algum o evangelho supõe uma alienação das outras culturas.

As missões jesuitas funcionaram no Paraguai até 1768, no Brasil até 1750, na Argentina até 1696. E não pararam por vontade própria, foram expulsas por outros grupos que também queriam se aproveitar do trabalho indigena.

Nessa época o vaticano defendia a escravidão negra e repudiava a indigena. Por isso defendiam os índios e com isso compravam briga com os colonizadores, que financiados pela metrópole, travavam duras batalhas com o despreparado exército de índios. Tudo porque o vaticano acreditava que o índio temia mais a escravidão que a morte e que seu antigo D-us jamais teria condições defende-los do mal-colonizador.

Dezenas de milhões de índios foram assassinados, alguns povos dizimados totalmente sem interferência do vaticano como os Incas, os Mais e os Astecas em nosso continente. Além de outros no oriente, fiquemos pelas américas.

Ele afirmou, senhores, que "voltar a dar vida" às religiões pré-colombianas é uma "utopia" e seria um "retrocesso". Na mesma declaração em que ele disse não ter havido imposição.

Vejamos um pouco do curriculum de Bento XVII, facilmente comprovado com buscas google à fora:
  1. Ex-militante das Juventudes Hitleristas.
  2. Filho de um governador de Hitler e prefeito da Pus Dei.
  3. Foi um grande diplomata que procurou manter uma linha política que favoreceu desmesuradamente o capitalismo e por isso foi responsável pela morte de centenas de milhares de trabalhadores nas baionetas das oligarquias dos países industrializados.
Que D-us é esse, que é melhor que o D-us que vivia no consciente do artesão inca, do trabalhador asteca? que torna inexistente o D-us do guaraní?

Eles querem nos impor um sistema religioso como o concebem, a falsa promessa em troca do ouro. Que religião é essa que se espalha e se impõe com mentiras, exploração, genocídios, invasões, explosões e canhonaços?

Qual é o D-us que habita o consciente de Bento XVII e que o faz esquivar-se do que ele (D-us) determinou que era mau?

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