segunda-feira, 29 de outubro de 2007

A boa e a má perspectiva

Todos os dias no mundo contemporâneo acontecem muitas tragédias, não são mais do que antes. Muitos vão fransir a testa como eu fazia a não muito tempo atras e em seguida remontarão aos tempos narrados na bíblia, em genesis, onde todo o pecado começou. Eu digo NÃO. Não estamos vivendo em pecado, exceto individual e não obrigatóriamente.

Remontemos com mais cuidado, recorrendo também ao que a ciência moderna tem descoberto e estimado: No ano 1000 a terra contava com 310 mil habitantes, pouco mais do que a população de Florianópolis nos dias atuais, pra 750 anos depois chegar a marca de 791 mil. Um crescimento bastante lento, era assim antes da revolução industrial, que trouxe os remédios, o fim da vulnerabilidade da vida mediante doenças fácilmente tratadas hoje em dia.

Hoje somos 6.8 bilhões. É racional esperar que com uma população quase 22 mil vezes maior haja o mesmo número de homicídios, sequestros, desrespeitos, corrupção e todo mal que afeta o homem?

Lembram desse post? Embora não haja interdependência dele com esta leitura, eu o recomendo para maior compreensão do que escrevi até aqui.

É normal que com um número verdadeiramente maior de pessoas haja também um número igualmente maior de ocorrências de todo tipo, tanto maravilhas quanto tragédias.

Por isso muito cuidado com as coisas ruins que encontrar aqui pela internet. Saiba identifica-las, não as confunda com méro entretenimento.

Todos os dias crianças e adultos sofrem queimaduras, sofrem quedas, são atropeladas. Acidentes acontecem quanto maior for o número de pessoas envolvidas(todos nós).

Muitos desses acidentados recebem alta, outros sofrem escoriações leves ou saem sem arranhões. Porque é então que nunca ao abrir o e-mail lemos algo do tipo: "Este homem perdeu o controle do carro e acabou caindo em uma ribanceira. Veja as fotos chocantes do seu cotovelo ralado e mande para todos da sua lista."?

Mesmo quando a tragédia for realmente grande, o que é que aqueles curiosos que se aglomeram no local ganham? No máximo provocam outro acidente.

Não entendo o porquê da morte ser algo tão mais facinante que a vida. Muitos desses que supervalorizam o fim acabam por não aproveitar o meio ou o início.

O próprio crescimento populacional é um motivo lógico para alegrar-se. Significa que se muitos morrem muitos outros nascem. Se muitos adoecem muitos mais morrem de velhice.

Mesmo que a pessoa em questão seja próxima, pense que você tem muitos outros próximos ainda vivos e saudáveis. Ou que muitos dos que ainda vivem também têm pessoas próximas, que normalmente não valorizarão a sua vida, a tomarão como um direito. A vida não deve ser encarada como um direito e sim como um privilégio, nem a morte como um castigo. Quem vê a vida como um direito, não se sente beneficiado, ao contrário: Não encontra ou contempla o que absorve da natureza através dos sentidos e ira-se quando os perde parcial ou completamente.

Tenha esperança no futuro, pense nos avanços que já foram feitos, no potencial das pessoas que verdadeiramente querem mudar o mundo. Talvez o futuro nos reserve a cura de doenças, o fim da violência, a diminuição da pobreza. Se você acreditar na mudança, sentir-se-a motivado e integrado. Se sua perspectiva for pessimista, vai achar que não adianta fazer nada, desanimar-se-a.

O que faz com que as pessoas sejam mais ou menos felizes não são as coisas que lhes acontece. Mas sim as atitudes que assumem ante estes acontecimentos. As pessoas menos felizes remoem os problemas que têm ou veem, enquanto as outras livram-se de problemas insolúveis e concentram-se nas possibilidades de melhora do que pode ser melhorado.


Wikipedia - Crescimento Populacional - 29/10

domingo, 14 de outubro de 2007

Não sei como penso

Nem como se forma meu pensamento, só sei que penso através dos meus sentidos. Sobre a existência de D-us, porquanto, eu nada afirmo. Venero individualmente o poder eterno e não me compete descreve-lo ou limita-lo. Contento-me em saber que existem muito mais coisas para além do meu pensamento.

Mas por estarem a uma distância desconhecida do limite da minha compreensão, não afirmo não existir. Porque por exemplo, se com meus pequenos olhos eu não consiga avistar algumas galaxias que muitos telescópios de hoje em dia facilmente fotografam, deveria eu afirmar que elas não existem?